KOBO X KINDLE

Sempre fui um apaixonado pelo objeto livro - o papel, o cheiro, o formato. Tenho inclusive, uma biblioteca ambulante que me acompanha e dá bastante trabalho nas mudanças de apartamento. Entretanto, no último carnaval no Chile, meu irmão me apresentou um e-reader. Quase todo mundo que tem um desses leitores de livros eletrônicos, tem um Kindle. Esse aparelho criado pela Amazon, por ter sido o primeiro é também o mais vendido. Um e-reader não é um tablet, existem aplicativos do Kindle para o tablet e até para os smartphones, mas para mim isso não funciona. Um livro é um livro e uma das melhores capacidades de um livro é nos transportarmos para um mundo a parte, onde o que existe é apenas a história que está sendo contada. Quando você lê num tablet ou no celular, você estará no meio do parágrafo e parará para ver a mensagem que acabou de chegar ou para responder o e-mail que tinha se esquecido. O e-reader serve só para ler e ponto e esta é a sua grande vantagem. Além disso, você pode ter o livro que quiser a hora que bem entender. Pode ler no escuro, sem precisar do abajour, pode ler trechos de livros e só comprá-los ou baixá-los se gostar. Pode usar dicionário de qualquer língua com apenas um toque, pode destacar trechos e depois achá-los facilmente e até fazer anotações em alguma parte que lhe interessou mais. Pode mudar a fonte, aumentá-la ou diminui-la. Enfim, temos que aceitar que eles são a evolução dos livros ou uma biblioteca que pesa menos de 200 gramas.

Dentre os dois grandes concorrentes nesta área temos o Kindle e o Kobo. Pela vanguarda e fama, o Kindle leva bastante vantagem nas vendas. Entretanto, parei para pesquisar e descobri que:

1. O sistema do Kobo é aberto, podendo ler todos os formatos de arquivos disponíveis para download na internet como doc, epub e pdf - o Kindle só lê pdf;

2. No Kobo você pode comprar de qualquer livraria virtual do mundo - no Kindle só na Amazon;

3. O Kobo possui mais de 300mil livros em português e o Kindle 20 mil;

4. A nitidez da tela do Kobo é melhor que a do Kindle.

Por sorte, não acompanhei a tendência do "que as pessoas estão comprando" e acabei adquirindo um Kobo.