MADRID Y GOYA
"Te vi... fumabas unos chinos en madrid
Hay cosas que te ayudan a vivir
No hacías otra cosa que escribir
Y yo simplemente te vi."
Caminho na chuva, resisto a comprar uma sombrinha, eu queria estar caminhando sem ter para onde ir, mas eu tenho, sempre tenho. Madrid (vou colocar o D no final, como eles fazem aqui) é charmosa, é a cidade mais européia de todas as cidades européias que eu conheço. É interessante como as coisas vão se passando de geração para geração, a perpetuação de uma cultura. Madrid se parece muito com Buenos Aires, obviamente é o contrário, mas são tantas coisas... A forma como os doces são expostos, o formato das farmácias, o pão servido em cada refeição, o formato do pão, o tipo de café, a arquitetura como um todo, enfim são de fato cidades irmãs - Santiago e Lima idem.
Uma vez eu li uma entrevista de um crítico de arte que dizia que o maior gênio da pintura tinha sido Goya. Faz bastante tempo isso, mas aquilo ficou e é difícil encontrar Goya fora daqui. E há muito material dele no Prado e Rainha Sofia, e de tanto olhar, chega uma hora que você saca. Goya foi o primeiro a sair do papel de um simples retratista de nobres, cardeais ou acontecimentos históricos e foi o precursor no real papel do artista - expressar o que os acontecimentos o fazem sentir. Em suas séries de gravuras do início do século XIX ele deixa de retratar os vencedores como heróis e os perdedores como fracassado e mostra que tal barbárie espalhava o sofrimento para todos os lados. Ele zombava daquilo ao mesmo tempo que se compadecia da situação. No início do século XIX com o rápido desenvolvimento das tecnologias havia uma inocente esperança de que as ciências resolveriam todos os problemas humanos. O espanhol já suspeitava disso e tentou mostrar que a tecnologia traria tantos problemas quanto melhorias e que o caminho para um ser contraditório e ambíguo como nós, jamais poderá ter um único sentido.
Hay cosas que te ayudan a vivir
No hacías otra cosa que escribir
Y yo simplemente te vi."
Caminho na chuva, resisto a comprar uma sombrinha, eu queria estar caminhando sem ter para onde ir, mas eu tenho, sempre tenho. Madrid (vou colocar o D no final, como eles fazem aqui) é charmosa, é a cidade mais européia de todas as cidades européias que eu conheço. É interessante como as coisas vão se passando de geração para geração, a perpetuação de uma cultura. Madrid se parece muito com Buenos Aires, obviamente é o contrário, mas são tantas coisas... A forma como os doces são expostos, o formato das farmácias, o pão servido em cada refeição, o formato do pão, o tipo de café, a arquitetura como um todo, enfim são de fato cidades irmãs - Santiago e Lima idem.
Uma vez eu li uma entrevista de um crítico de arte que dizia que o maior gênio da pintura tinha sido Goya. Faz bastante tempo isso, mas aquilo ficou e é difícil encontrar Goya fora daqui. E há muito material dele no Prado e Rainha Sofia, e de tanto olhar, chega uma hora que você saca. Goya foi o primeiro a sair do papel de um simples retratista de nobres, cardeais ou acontecimentos históricos e foi o precursor no real papel do artista - expressar o que os acontecimentos o fazem sentir. Em suas séries de gravuras do início do século XIX ele deixa de retratar os vencedores como heróis e os perdedores como fracassado e mostra que tal barbárie espalhava o sofrimento para todos os lados. Ele zombava daquilo ao mesmo tempo que se compadecia da situação. No início do século XIX com o rápido desenvolvimento das tecnologias havia uma inocente esperança de que as ciências resolveriam todos os problemas humanos. O espanhol já suspeitava disso e tentou mostrar que a tecnologia traria tantos problemas quanto melhorias e que o caminho para um ser contraditório e ambíguo como nós, jamais poderá ter um único sentido.
Nem mais, nem menos diz a legenda. O macaco mostra que o antigo pape do pintor poderia ser feito por qualquer animal, já o ser pintado nem precisa de explicação.
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