SEM NENHUM TÍTULO

E o que eu temia foi justamente o que aconteceu...
Ontem a noite foi longa, eu diria que quase interminável, a angustia que você gerou com aquele monte de mensagens baixas, me xingando gratuitamente deixou meu corpo cansado por não dormir, mas minha mente alerta, pensativa e criativa. Dormi cedo, mas meu sono não passou da meia-noite. Teremos mais uma noite juntos, só que eu aqui com a cabeça fervilhando e você... bom você eu não sei, provavelmente em algum bar, fazendo o que faz de melhor, fugindo da realidade que a persegue.
Viver neste estado de inquietude dói, tenho que dizer que se esse era seu objetivo pode comemorar, está doendo de verdade, mas já passei por isso e sei que passa. Quando estamos doentes a sensação é que a vida inteira tivemos aquilo e que não vai acabar nunca, mas acaba, uma hora acaba e quando acaba é como se tivéssemos uma felicidade reprimida, que vem toda de uma vez, como uma barreira de contentamento que se estoura e nos preenche. Mas essa mesma perturbação que fere fundo também me traz um estado de criatividade que só sentimos na desilusão, eu sempre quis negar isso, mas não dá, a arte depende mesmo do sofrimento.
Estou tentando me manter lúcido para poder passar por essa situação sem ser afetado por ela. Você me castigou com vontade, mas vai passar. A gente tenta encontrar razão para o que acontece, mas não há, estupido é o homem que acha que o mundo é linear e racional. A vida está mais para a imprevisibilidade da água do que para a certeza da ponte e vai passar, pode ter certeza vai. Talvez eu tome um dos seus remédios e durma sem lembrar de você... 

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