SINOPSES DE REVOLUCIONÁRIOS
Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde
Quando ouvimos este nome, a imagem que nos vêm à cabeça é de um velho libidinoso e fútil que vive numa mansão com três lindas mulheres sem jamais tirar seu hobby de seda. Este documentário traz o outro lado da moeda. Quando o filme acabou uma frase revelou-se para mim – aquilo que não tem profundidade não se sustenta.
Pensar na Playboy apenas como uma revista de mulheres nuas é como achar que sucesso depende unicamente da sorte. Hugh começou sua publicação em 53, período em que o sexo nos Estados Unidos era um tabu que podia dar cadeia. Em sua primeira capa a revista trouxe nada menos que Marlyn Monroe completamente nua, causando muita polêmica. A ideologia da revista influenciou o movimento de libertação sexual que aconteceu naquele país na década seguinte. Além disto, Hefner - atento aos movimentos literários - trouxe escritores expressivos para suas colunas, fez matérias investigativas que colocaram em xeque grandes nomes da política americana e sempre tratou negros e brancos da mesma forma - numa época em que o racismo era praxe. Para que a tolerância racial fosse respeitada, fechou Casas da Playboy que não respeitavam este princípio. Após conhecer os bastidores de sua obra entendemos que Hugh Hefner, ao contrário do que parece, é um exemplo de determinação, humanidade e muita coragem.
Do que eu falo quando eu falo de corrida – Haruki Murakami
Um dos mais importantes escritores japoneses, através de uma linguagem simples e direta nos retrata como a corrida foi essencial em seu amadurecimento profissional. O interessante deste livro é que não foi escrito por um atleta olímpico que pretende transmitir conceitos motivacionais para mantermos a disciplina, mas por um escritor que corre simplesmente porque ama o esporte. Simples assim, sem nenhum significado epifânico. Murakami não quer convencer ninguém a começar a acelerar o passo , tão pouco deseja criar um significado existencial neste ato. E quem já terminou uma maratona se identifica muito com seu relato ao final dos 42km - “Enfim acabo. Estranhamente, não me vem nenhum sentimento de realização. A única coisa que sinto é um completo alívio por não precisar mais correr... Sento num café no vilarejo e tomo uma cerveja Amstel gelada. Ela desce de um jeito fantástico, mas não chega nem perto de ser tão bom quanto a cerveja que imaginei beber enquanto corria. Nada no mundo real é tão belo quanto as ilusões de uma pessoa prestes a perder a consciência.”
Irado Dani! Anotado as duas sugestões, do livro e do documentário, e já estou procurando por ambos :)
ResponderExcluirAbraços
Lindo relato, deve ser uma sensação muito surreal...coragem para poucos!
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