PRÊMIO AOS CONSUMIDORES DA CULTURA


Li uma crônica de Nelson de Oliveira na qual ele sugere que hajam concursos literários também aos melhores leitores. A idéia é interessante, afinal, o que seria dos escritores se não houvessem os
leitores? Poderíamos inclusive, estender este tipo de competição à todas as expressões artísticas. Se para concorrer, eu tivesse que mandar um pequeno relatório do que eu vi de melhor nas diferentes categorias no mês de julho eu o faria assim:

Categoria Artes Plásticas - Keith Haring, o grafiteiro mais famoso de NYC, está com uma exposição belíssima no Espaço Cultural Caixa Econômica no Conjunto Nacional em São Paulo. Eu tinha um certo preconceito, pois jamais pensei que aqueles bonequinhos pudessem causar impacto em quem os observa com atenção. Me surpreendi!

Categoria Música - A ópera Rigoletto de Giuspe Verdi estava sendo apresentada no Teatro São Pedro em São Paulo. Ouvi rumores que irá escursionar por outras cidades brasileiras. Vale a pena conferir, a montagem e o elenco estão dignos de nota.

Categoria Cinema - Uma noite em 67. Documentário sobre o Festival que revolucionou a música brasileira. É emocionante ver Gil, Caetano, Chico todos com vinte e poucos anos já sendo ovacionados e vaiados por tanta gente entusiasmada com o que eles produziam.

Categoria Literatura - O que me tomou mais tempo foi o que menos achei coisas interessantes. Tolstoi não me empolgou com a Vida e morte de Ivan Ilitch. Cynthya Ozick faz literatice (mistura de literatura com chatice) em O Xale. Li um Sandor Marai não tão inspirado como nos outros livros em Divórcio em Buda e para finalizar, Nick Hornby salvou o mês com Juliet, nua e crua, apesar de ainda ficar atrás de Alta Fidelidade.

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