O meu Frenesi Polissilábico
O Nick Hornby escreveu recentemente um livro chamado Frenesi polissilábico no qual ele expõe suas impressões sobre os livros que leu ao longo da vida. Como ando numa fase de leitor voraz nestes últimos 3 meses resolvi também compartilhar as minhas impressões com você. Assim como Nick fez em seu outro livro Alta Fidelidade, que se tornou filme estrelado por John Cusack, vou organizar em ordem cronológica.
A Dama do Cachorrinho e outros contos - Tchekhov: O russo é considerado o papa dos contos. Tratando seus personagens com precisão e simplicidade, Tchekhov nos leva para dentro de uma sociedade russo sofrida pelo seu sistema político e repleta de conflitos que tentam ser atenuados com muita vodka. Vale a leitura para quem gosta de contos.
Leite Derramado - Chico Buarque: Resisti um pouco a lê-lo pois apesar de ser fã incondicional do Chico músico não gostei do seu primeiro livro Estorvo. Em Leite Derramado, Chico dá uma aula de narrração e exibe através de um personagem marcante fatos da história brasileira desde a chegada da corte até os dias de hoje.
A Economia em Pessoa - Gustavo Franco: Traz textos do poeta português falando de economia e gestão empresarial comentados pelo ex-presidente do Banco Central. Pouca gente sabe, mas Pessoa foi editor de uma revista de negócios e ao contrário da maioria de seus companheiros artistas era a favor do enriquecimento por mérito, da iniciativa privada, do livre-comércio e de menos interferência do governo na economia. O gênio português execrava o socialismo, a excessiva regulamentação e a ocupação do governo em todas atividades. Vale a leitura para ver o business escrito com arte.
Ensaio sobre a lucidez - José Saramago: Não gostei. Todo mundo que leu fala bem do outro ensaio, o sobre a cegueira. Este achei fraco. Larguei no meio.
O Pequeno Princípe - Antonie de Saint-Exupéry: Não passa de literatura de Miss. Li por se tratar de uma obra muito falada, mas esperava um pouco mais de inteligência.
O Convidado surpresa - Grégoire Bouillier: Eu havia visto este francês falar na FLIP. Ele é apático, sem graça e sem brilho. Agora seu livro, é tudo o que ele não aparenta. Convidado surpresa foi um daqueles livros que eu li xingando: "#%#^%& Por que não fui eu que escrevi isto?" Ameiiii, é demais, muito bem escrito dentro do maravilhoso estilo francês.
Como ser legal - Nick Hornby: Narrar as neuroses de uma mulher contemporânea na 1a pessoa não é algo fácil para um escritor homem. Neste sentido, Nick saiu-se muito bem segundo minha amiga Leti Matos. Achei o livro agradável, mas fica devendo um pouco no final.
Homem no Escuro - Paul Auster: Muito bem escrito, tinha tudo para ser um dos meus livros favoritos, mas Paul dá uma virada muito grande na história e de repente elimina todo o conflito que vinha desenvolvendo.
O Sol também se levanta - Ernest Hemingway: A idéia aqui não é apoiar romances consagrados, mas colocar o que senti ao lê-los. Achei este livro péssimo. Escrito em estilo jornalístico, Hemingway não surprende em nenhum momento e deixa muito a desejar para quem recebeu um Nobel.
As Brasas - Sándor Márai: Este livro me foi dado pela Tatiana Marcondes. A Tati tem predisposição ao bom gosto. Ela que me indicou também O Convidado Surpresa, por tanto acertou duplamente. Mas voltando ao livro, a maneira como o hungáro escreve é o que considero perfeição, um arquétipo. Marai consegue unir de forma impressionante conteúdo, harmonia estilística e tensão literária. As Brasas figura nos meus top 5.
O Velho e o Mar - Ernest Hemingway: Resolvi dar mais uma chance para o escritor inglês. Este livro é bem melhor que o outro, mas literalmente não faz meu estilo.
O resto é ruido - Alex Ross: Terminei o ano com um tratado sobre a música erudita no século XX. Para quem, como eu, pensava que a música clássica havia parado e só regredido desde Wagner, vale a pena ler para entender tudo o que está por trás dessa evolução e o quanto ela está inserida no nosso dia a dia sem que nem saibamos. Recomendo!
A Dama do Cachorrinho e outros contos - Tchekhov: O russo é considerado o papa dos contos. Tratando seus personagens com precisão e simplicidade, Tchekhov nos leva para dentro de uma sociedade russo sofrida pelo seu sistema político e repleta de conflitos que tentam ser atenuados com muita vodka. Vale a leitura para quem gosta de contos.
Leite Derramado - Chico Buarque: Resisti um pouco a lê-lo pois apesar de ser fã incondicional do Chico músico não gostei do seu primeiro livro Estorvo. Em Leite Derramado, Chico dá uma aula de narrração e exibe através de um personagem marcante fatos da história brasileira desde a chegada da corte até os dias de hoje.
A Economia em Pessoa - Gustavo Franco: Traz textos do poeta português falando de economia e gestão empresarial comentados pelo ex-presidente do Banco Central. Pouca gente sabe, mas Pessoa foi editor de uma revista de negócios e ao contrário da maioria de seus companheiros artistas era a favor do enriquecimento por mérito, da iniciativa privada, do livre-comércio e de menos interferência do governo na economia. O gênio português execrava o socialismo, a excessiva regulamentação e a ocupação do governo em todas atividades. Vale a leitura para ver o business escrito com arte.
Ensaio sobre a lucidez - José Saramago: Não gostei. Todo mundo que leu fala bem do outro ensaio, o sobre a cegueira. Este achei fraco. Larguei no meio.
O Pequeno Princípe - Antonie de Saint-Exupéry: Não passa de literatura de Miss. Li por se tratar de uma obra muito falada, mas esperava um pouco mais de inteligência.
O Convidado surpresa - Grégoire Bouillier: Eu havia visto este francês falar na FLIP. Ele é apático, sem graça e sem brilho. Agora seu livro, é tudo o que ele não aparenta. Convidado surpresa foi um daqueles livros que eu li xingando: "#%#^%& Por que não fui eu que escrevi isto?" Ameiiii, é demais, muito bem escrito dentro do maravilhoso estilo francês.
Como ser legal - Nick Hornby: Narrar as neuroses de uma mulher contemporânea na 1a pessoa não é algo fácil para um escritor homem. Neste sentido, Nick saiu-se muito bem segundo minha amiga Leti Matos. Achei o livro agradável, mas fica devendo um pouco no final.
Homem no Escuro - Paul Auster: Muito bem escrito, tinha tudo para ser um dos meus livros favoritos, mas Paul dá uma virada muito grande na história e de repente elimina todo o conflito que vinha desenvolvendo.
O Sol também se levanta - Ernest Hemingway: A idéia aqui não é apoiar romances consagrados, mas colocar o que senti ao lê-los. Achei este livro péssimo. Escrito em estilo jornalístico, Hemingway não surprende em nenhum momento e deixa muito a desejar para quem recebeu um Nobel.
As Brasas - Sándor Márai: Este livro me foi dado pela Tatiana Marcondes. A Tati tem predisposição ao bom gosto. Ela que me indicou também O Convidado Surpresa, por tanto acertou duplamente. Mas voltando ao livro, a maneira como o hungáro escreve é o que considero perfeição, um arquétipo. Marai consegue unir de forma impressionante conteúdo, harmonia estilística e tensão literária. As Brasas figura nos meus top 5.
O Velho e o Mar - Ernest Hemingway: Resolvi dar mais uma chance para o escritor inglês. Este livro é bem melhor que o outro, mas literalmente não faz meu estilo.
O resto é ruido - Alex Ross: Terminei o ano com um tratado sobre a música erudita no século XX. Para quem, como eu, pensava que a música clássica havia parado e só regredido desde Wagner, vale a pena ler para entender tudo o que está por trás dessa evolução e o quanto ela está inserida no nosso dia a dia sem que nem saibamos. Recomendo!
Dani, quantos livros hein?
ResponderExcluirDiz ai;quem indicou e te presenteou com os dois livros que, segundo seus comentários, foram os mais mais? hehehehe.....diz ai!
O Convidado Surpresa e As Brasas!!!!
hahaha Dani que sintonia! Eu ia fazer um post de final de ano com os livros que mais gostei esse ano (nao vou comentar dos que nao gostei, como fizesse). ainda vou fazer, mas fosse mais rapido hahaha Incrivelmente, esse ano nao lemos nenhum livro igual, milagre... ou pouco contato mesmo.
ResponderExcluirQuanto ao pequeno principe, tu nunca tinha lido? Li quando era pequena e desculpa, acho lindo! "Tu és eternamente responsavel por aquilo que cativas" é uma pérola.
http://palavrasetudomais.blogspot.com/2009/02/pequeno-principe.html
Acho que é um dos livros que tem que ler, mas ser o único livro que leu ao longo da vida e com mais de 20 anos, ai sim pode ser considerado livro de Miss.
Tati após ler o livro todo e o seu post. Modifiquei o texto. Olha lá.
ResponderExcluirBjs e obrigado pelas dicas.
Ma
ResponderExcluirInteressante que você tenha pensado em escrever um post igual ao meu. Por sinal, vc teme escrito muito e muito bem.
Bjoes
Gostei muito deste post, adoro dicas de leituras.
ResponderExcluirTambém não gostei do Estorvo e estava receosa para ler outro dele mas sua dica me estimulou!
Concordo com a May sobre o Pequeno Príncipe. Você tinha que ter lido com o olhar de uma criança para gostar mais...
Sobre o , vc já tentou O Velho e o Mar?
Feliz Natal!
Beijos,
Rafa