Oportunidades que a vida nos dá
Passei meus primeiros 15 verões numa pacata praia de Florianópolis. Ponta das Canas é um vilarejo de pescadores que ainda ancoram suas baleeiras há poucos metros da areia e fazem arrastão com uma grande rede de nylon nas noites que infelizes cardumes passeiam pela baía. Lembro claramente da praça redonda que ficava no começo da calçada onde nos sentávamos para conversar - hoje ela é só uma rotatória de carros - recordo de como era longe a praia vizinha que íamos caminhando para surfar e das vezes que fiz uma graninha vendendo picolé na praia. Muito embora nós adultos lembremos tão claramente das coisas que vivemos quando criança, facilmente nos esquecemos dos sonhos ou promessas que tínhamos na infância.
Pois há uns 5km a frente de Ponta das Canas sempre prendeu minha atenção uma pequena extensão de terra flutuando no mar, a Ilha do Francês. Eu e meus amiguinhos tínhamos o desejo de ir até lá nadando, não sabíamos nem mesmo a distância, mas fazíamos planos. Por parecer longe demais para nossa idade acabávamos sempre desistindo.
De mim, esse desejo nunca foi embora, continuava olhando para a ilha quando ia visitar meu vô e meus tios, que hoje moram por lá, e me imaginando chegando a nado nas suas afiadas cracas incrustadas nas pedras.
Sexta passada, me tornei uma criança realizada. Depois de 1h e 20min nadando com o acompanhamento do meu vô de lancha, pude, a cada braçada, trazer à tona, as recordações das minhas férias juvenis, numa experiência que foi mais nostálgica que cansativa. Com grande alegria escalei as rochas, levantei os braços e comemorei pelas tantas oportunidades que a vida nos dá – mesmo que demore - para fazer tudo o que queremos.
Obs.: Motivados pela minha travessia, 10 dias depois, meu primo Ícaro e meu amigo de infância João me chamaram para acompanhá-los. Apesar do Ícaro só ter feito 5 meses de natação em toda a sua a vida e João não nadar desde 2003, depois de intermináveis 100 minutos chegamos ao destino. Parabéns rapazes, vocês merecem todas as congratulações do mundo.
Pois há uns 5km a frente de Ponta das Canas sempre prendeu minha atenção uma pequena extensão de terra flutuando no mar, a Ilha do Francês. Eu e meus amiguinhos tínhamos o desejo de ir até lá nadando, não sabíamos nem mesmo a distância, mas fazíamos planos. Por parecer longe demais para nossa idade acabávamos sempre desistindo.
De mim, esse desejo nunca foi embora, continuava olhando para a ilha quando ia visitar meu vô e meus tios, que hoje moram por lá, e me imaginando chegando a nado nas suas afiadas cracas incrustadas nas pedras.
Sexta passada, me tornei uma criança realizada. Depois de 1h e 20min nadando com o acompanhamento do meu vô de lancha, pude, a cada braçada, trazer à tona, as recordações das minhas férias juvenis, numa experiência que foi mais nostálgica que cansativa. Com grande alegria escalei as rochas, levantei os braços e comemorei pelas tantas oportunidades que a vida nos dá – mesmo que demore - para fazer tudo o que queremos.
Obs.: Motivados pela minha travessia, 10 dias depois, meu primo Ícaro e meu amigo de infância João me chamaram para acompanhá-los. Apesar do Ícaro só ter feito 5 meses de natação em toda a sua a vida e João não nadar desde 2003, depois de intermináveis 100 minutos chegamos ao destino. Parabéns rapazes, vocês merecem todas as congratulações do mundo.
Muito bom, De Nardi. Pouquíssimas são as pessoas que tem a força para realizar seus sonhos.
ResponderExcluirMelhor: pouquíssimas são as pessoas que percebem e aproveitam as oportunidades que a vida constantemente oferece. Estas, moldam seu futuro, pintando a vida com as cores que desejam.
Um abração do Alexandre!
Parabenssssss Dani!
ResponderExcluirtava por floripa no carnaval???
beeeijoss
Poxa, lembro-me bem da Ponta das Canas de nossa infância. Faltou contar os pulos da pedra Caiada, da invasão dos argentinos, das caminhadas até a Brava... poxa, que tempo bom.
ResponderExcluirFiquei feliz com tua travessia, vamos fazê-la juntos qualquer hora.
Beijos
Realmente, foi demais. Faltou o Lucas com a gente, mas não vão faltar oportunidades. Vou te mandar, por e-mail a história da Ilha que tanto nos "provocou".
ResponderExcluirAbraço, João
Oie...não conheço vc...admirei
ResponderExcluirsua determinação...vc tem razão em tudo que escreveu...quando crianças sonhamos,idealizamos...e adiamos...pensando que por nos tornarmos adultos seremos "super-herois"...muitas vezes esquecemos estes sonhos...ou até mesmo perdem a grandeza...a importancia...assim como vc mantenho meus sonhos vivos...meus desejos de infancia tambem...alguns ja realizei,e os outros ainda estão vivos no meu coração..estou certa que vou viver cada um deles...
Sabe por que?
porque ninguem melhor que nos mesmos para saber o valor das nossas conquistas...
bjusss Adriana Murbak
adriana_murbak@hotmail.com
OI Dani,
ResponderExcluirAqui é Flavia/Frulls do RJ/ FSM2003.
Acabei de ler seu relato.
Eu tb já realizei desejos de criança. Você conseguiu resgatar meu sentimento de gratificação ao descrever o que sentimos quando realizamos um desejo mesmo que 10 anos depois.
Que tenhamos mais oportunidade de realizar desejos mesmo que tenha existido há tempos atrás...
Falando em pedra e água..
"Agua mole em pedra dura, tanto bate até que fura..."
Lembrei tanto desse ditado depois que realizei!
Parabéns e beijos com saudades