New York – Impressions V
Eu e Pollock temos um caso de amor e muitas coisas em comum. Porém a mais forte delas é que gostamos de intensidade e profundidade. Queremos sempre mais, mergulhamos no que fazemos porque desejamos ser, ter e estar tudo ao mesmo tempo.
Começou na primeira vez que visitei o MoMA e passei algumas horas na sala que contém suas pinturas. Num dos dias, levei meu laptop para o museu e depois de ficar um tempo me inspirando em suas gravuras, fui ao café e escrevi um dos melhores textos que tenho e que será a conclusão do meu livro.
Foi tão bom revê-lo, e a experiência contemplativa não diminuiu apesar de estarmos há um longo inverno separados. Nesse meio tempo eu vi seu filme, que na minha opinião, ficou bem aquém de sua obra. A película não explorou o que Pollock tem de mais significante: esse mergulho na obra, e essa fusão com ela. O que tão claramente sentimos quando estamos na frente de seus quadros.
Como numa relação as duas pessoas tem que poder falar, vou deixá-lo com a palavra:
“Minha pintura não vem do cavalete, prefiro clarear a tela solta no solo ou na parede. No solo me sinto mais próximo, mais integro com o quadro já que posso caminhar ao seu redor, trabalhar desde os quatro cantos e literalmente estar dentro da pintura. Prefiro usar paus, paletas e tinta líquida que goteje. Quando estou pintando não estou consciente do que faço, é somente quando perco contato com o quadro que o resultado é um desastre, de outro modo é harmonia pura, um sensível dar e receber.” Jackson Pollock em meados da década de 40.
Dani! Que bom ler seu blog. Ao ler seu blog conheçi mais de vc. E até me senti um pouco em NYC também, hehe. Agora, a maior sorpresa: vc está escrevendo um livro!!! que legal! e qual é o assunto? Me conte. Beijão.
ResponderExcluirAnahí
PD: nunca tinha entrado no seu blog. Gostei!
Sim amiga. Na verdade o livro já está pronto. Serão 270 páginas aproximadamente de um estudo que relaciona autoconhecimento com alta performance. É esperar para ler.
ResponderExcluirBjs