A
inflação é gerada
quando temos
um crescimento de
demanda que supera a
oferta.
Demanda > oferta = inflação
O governo atual, ao detectar os primeiros sinais desse movimento econômico, toma uma providência imediata: aumenta os juros da taxa SELIC. Com isso, o preço do crédito sobe, a demanda cai e a economia se estabiliza.
No entanto, se você tem uma empresa na qual um único cliente compra 40% do que você produz, e cada mês que passa, continua ampliando suas compras, é natural que você aumente seus preços. Afinal, se ele continua dilatando sua conta, você irá acreditar que é o seu preço deve estar baixo. E é assim que o governo age. Seu gasto, que representa 40% do PIB, é o principal gerador de inflação e não pára de crescer. Se ele simplesmente consumisse menos, imediatamente teríamos redução de inflação
Mas vejamos na equação, como ele controla esse mal.
+ juros = - demanda = - inflação
Paulo Guedes, famoso economista citado no artigo www.assimfaloudenardi.com/2008/04/poltica-o-peso-real-de-paulo-guedes.html, compara a atitude de aumentar os juros para conter a inflação a uma cirurgia feita a machadadas. Dá-se uma punhalada bem mais forte do que o necessário e resolve-se o problema aparente, deixando muitas seqüelas. No caso, trava-se o crescimento da economia.
Toda vez que o governo eleva os juros para conter o acesso ao crédito, ele mesmo aumenta a sua própria despesa, pois muitos dos seus empréstimos também são indexados à taxa SELIC. Para cobrir o crescimento de seus gastos, aumenta os impostos dificultando a produção.
Como em uma conta matemática, podemos alterar os fatores para chegar ao mesmo produto. Se a inflação ocorre quando a demanda é maior que a oferta, outra opção seria aumentar a oferta para chegar ao mesmo resultado. Para fazer a conta ao contrário o governo teria que agir de forma inversa. Poderíamos obter crescimento de oferta de quatros maneiras:
1. Começando por reduzir seus gastos, ao invés de aumentar os impostos, teríamos que baixá-los, possibilitando às companhias mais lucros e mais produção.
- gastos governamentais = - impostos = + oferta
2. Ao invés de aumentar os juros, reduziríamos.
- juros = + crédito = + oferta
3. Juros baixos facilitam a compra de maquinário e crédito para as empresas alavancarem suas operações.
- juros = + maquinário = + oferta
4. Outra ação importante seria facilitar a contratação e demissão de funcionários para que as empresas pudessem ampliar seus recursos humanos e conseqüentemente produtividade.
- burocracia = + empregos = + produtividade = + oferta
Ganhando-se em pelo menos quatro vezes a capacidade de gerar oferta, chegaríamos à mesma redução de inflação, sem gerar prejuízo às empresas e aos consumidores.
Então acorda Lula, a conta se faz ao contrário!
Oferta > demanda = - inflação
Olá, meu caro De Nardi,
ResponderExcluirassino o feed de seu blog e sempre vejo suas atualizações.
Atualmente estou editando dois blogs sobre SwáSthya Yôga e gostaria muito que você os conhecesse:
http://www.eupraticoyoga.com
http://www.derosealtodaxv.org.br/blog
Abraços fortes do Alessandro Martins.
Foi engraçada a coincidência que eu escrevi este artigo dia 10 de junho e ontem dia 19, o Guido Mantega, ministro da fazenda, deu uma entrevista dizendo que o governo pretende conter a inflação aumentando a produção. Do PT não podemos esperar muita coisa boa, mas pelo menos a linha de raciocínio é certa.
ResponderExcluirÉ impressao minha ou o Brasil, depois de anos de governo Lula (que pouco mais faz que continuar o anterior), está na melhor situaçao economica dos ultimos (muitos) anos?
ResponderExcluir:)
ResponderExcluirQue bom te ver por aqui de novo amigo.
ResponderExcluiro govero anterior do FHC criou um sistema econômico muito bem estruturado de maneira que o Lula viu que não seria inteligente mudar e apenas seguiu as regras. Realmente o Brasil está na melhor situação econômica dos últimos tempos, mas isso deve-se muito mais a situação externa favorável do que de um bom trabalho feito por nós.
Abs
Olá, De Nardi!
ResponderExcluirBacana esse texto, superpontual e didático em uma questão superimportante - os gastos públicos.
Obrigada pelo envio do e-mail com o link.
Bjos