Tom Palmer é vice-presidente de
Programas Internacionais do Cato Institute,
instituição que incentiva o
aumento da
liberdade econômica no
mundo.
Sua exposição esclarec
eu o
funcionamento das
think-tanks, maravilhosas
ferramentas de
interferência da
sociedade na
vida pública e
que ainda não se fortaleceram no Brasil.
Segundo Raimundo
Mariano,
presidente da BOVESPA
que deseja trazer este tipo de
prática para o
nosso país, “a
expressão remete
originalmente aos
gabinetes em que generais americanos debatiam,
durante a
Segunda Guerra Mundial, as
estratégias a serem adotadas
contra o
inimigo.
Hoje nos EUA há
milhares de
think-tanks, dedicadas aos
mais variados
objetivos e
temas -
um fenômeno que atesta de
modo geral o
poder da
sociedade civil americana, historicamente inclinada a
formar organizações civis e
políticas independentes do
Estado.”
Pois é essa independência do Estado uma das mais importantes características de uma think-tank séria. No Brasil, presenciamos recentemente a intervenção do Governo expulsando do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), que em princípio era uma instituição independente, todos os economistas que combatiam o crescimento dos gastos públicos, idéia que é oposta à ideologia do PT. Quando isso acontece, a instituição se desmoraliza e perde seu papel principal; contribuir através de estudos independentes para uma melhor administração pública.
As think-tanks, depois de fazerem suas pesquisas sobre determinado assunto, atuam no esclarecimento da população e também dos próprios políticos que assim como nós, não têm tempo para fazer estudos minuciosos sobre determinado tema. E esse é o papel das think-tanks. Por isso mesmo, deve imperar um rigoroso critério de não interferência nos dados pesquisados visando adequá-los a determinada vontade política. Os números devem aparecer sem distorções, como um trilho que mostra o melhor caminho a ser seguido.
Acredito demais nas think-tanks, pois elas possibilitam à sociedade interferir de maneira consistente no governo, não apenas como uma vontade popular, mas com consistência de estudos e pesquisas. Estejamos atentos, pois instituições como essas, muito em breve, começarão a brotar nos centros urbanos do nosso país e cabe a nós apoiar aquelas que nos identifiquemos para que a sociedade tenha cada vez mais peso nas decisões governamentais.
Já existe algo similar a uma Think-Tanks no Brasil?
ResponderExcluirNos EUA funciona como uma instituição privada ou governamental?
Bj
A resposta é da minha amiga Bruna do Ação Jovem do Mercado de Capitais.
ResponderExcluirExistem duas instituições no Brasil que fazem o papel de think tanks: o Instituto Liberdade (www.iee.com.br) e a Fundação Friederich Naumann (www.ffn-brasil.org.br), mas não são devidamente reconhecidos como um think tank por não termos o lobby regulamentado no país. Esses institutos têm um viés liberal em seus estudos e pesquisas.
Nos EUA eles são divididos em quatro grupos: Conservadores, Liberais, Extremistas e Governamentais. Eles são financiados por grupos de interesse, empresas e governo. Sendo que os think tanks financiados pelo governo são apenas os de segurança e defesa nacional, além de alguns outros voltados à pesquisa científica. Os think tanks que são fianciados pelos grupos e empresas são aqueles voltados à interesses de lobby.
Daniel,
ResponderExcluirPela primeira vez me vi à frente com o conceito Think-Tanks. Um trabalho do CIPPEC argentina. Coloquei o termo na pesquisa google e encontrei seu blog. Milito na organização de conselhos municipais de cidadania desde o começo da década de 90. Muita coisa aconteceu, agora ao ler os comentarios sobre Think-Tanks, acredito que as politicas públicas, ou melhor o controle social do orçamento público, tem muito a ganhar/contribuir para o crescimento desta metodologia por aqui.
abraço cordial
Rosa Maria from Cuiabá MT
Que interessante Rosa
ResponderExcluirCom certeza devemos excercer mais controle sobre os governos. Todas as formas são bem vindas e as Think-Tanks são mais uma ferramenta para isso.
Parabéns pelo seu trabalho.
Abs