A Pinacoteca está
mais uma
vez de
parabéns pela brilhante exposição que acaba de
inaugurar. O
tema,
não poderia ser mais brasileiro, Tarsila do Amaral.
Nascida no
ano de 1886,
em Capivari numa
fazenda da tradicional
família Amaral, a
artista traz
fortemente marcada
em sua pintura as belíssimas
cores da
nossa nação, retratando a
simplicidade do
interior, a modernização das
cidades no
início do
século XX e
outros aspectos bem brasileiros.
Ela não fez parte da semana de arte moderna que aconteceu em 1922 por estar estudando em Paris, mas ao retornar travou estreito contato com os artistas e intelectuais da época, casando-se posteriormente com um dos mais influentes deles, Oswald de Andrade. O casal influenciou-se mutuamente em seus trabalhos, reforçando o sentido de brasileiridade na arte. Como por exemplo, na composição feita por ele do Manifesto Pau-Brasil que depois foi traduzida em arte por ela.
O ápice da exposição é a última sala do belíssimo prédio da Pinacoteca, onde foram expostas lado a lado, três das mais importantes obras da nossa arte, todas elas de Tarsila.
A Negra – Quadro que reforça todo o movimento que os artistas de 22 fizeram dando uma cara mais brasileira para suas expressões. As pinturas desta época trouxeram para as telas as pessoas da nossa terra.
Abapuru – Que por sua beleza e importância foi a obra de arte mais cara já vendida no Brasil. No entanto, ela agora satisfaz os olhares dos nossos hermanos argentinos como o principal quadro do MALBA em Buenos Ayres. Até aqui a rivalidade entre os países aparece e os porteños sabendo do nosso apreço pelo quadro, dificultam muito seu empréstimo.
Antropofagia – Esta obra leva o nome do movimento que tinha como ideologia deglutinar as outras culturas para que sofrêssemos menos interferência dos Estados Unidos e Europa e expressássemos uma arte puramente brasileira.
No final da visita, fomos parabenizar nosso competente amigo que dirige a fundação, e Marcelo Araújo nos disse algo que fará as pessoas interessadas em arte brasileira correr para o museu antes do início de março.
“Unir novamente esses três quadros numa mesma exposição vai demorar algum tempo.”
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