Vista da Ilha de Manhatan - New York
Enfim conheci o que um grande amigo chamou de o principal chakra do mundo. O que me deixou mais feliz ao conhecer Nova Iorque (desculpe os gramáticos, mas fica feio assim, vou usar apenas New York) foi ver que a boa convivência entre todos os povos não somente é possível, como se bem aproveitada, é uma poderosa força motriz para o desenvolvimento. New York não é o Estados Unidos, New York é a junção do que o mundo tem de melhor, a soma do talento de todas as culturas e nações. É o local que propiciou aos imigrantes, que tinham vontade prosperar, a geração de riquezas para si e posteriormente para a cidade.
O que não falta por lá é o reconhecimento disto, cada banco do Central Park leva o nome de quem o doou, cada sala dos museus também. Quando as pessoas recebem uma oportunidade, o que elas mais desejam é retribuir, assim que tiverem condições. Quando os políticos fazem campanha para acabar com a imigração, é somente para ganhar votos dos ineficientes eleitores, pois quanto mais gente competente de diferentes culturas houver num país, melhor para todos os seus habitantes, e NYC é a prova disso. Entraram na ilha somente entre 1880 e 1910 cerca de 17 milhões de estrangeiros, não prejudicando em nada a população local, e isso numa escala menor, continua acontecendo até hoje.
Uma parte do mundo que nenhuma pessoa pode deixar de conhecer são as poucas quadras onde se concentram três dos mais importantes museus do mundo. O Museu da História Natural que nos dá informações que vão desde o Big-Bang, passando pela geologia da Terra, mostrando um vasto acervo de fósseis de dinossauros e de homens. A própria Lucy, não a in the sky with diamonds dos Beatles, mas a nossa prima mais velha, de 4 milhões, está lá, com seus pequenos quadris, mostrando o momento histórico em que os homens deixaram de viver nas árvores e passaram a habitar o chão. O museu mostra a gigante biodiversidade animal, onde podemos conhecer centenas de mamíferos, peixes, leões-marinhos, focas, enfim, passar algumas horas ali representa centenas de livros lidos ou anos numa cadeira escolar. É fascinante saber que além de tudo o que está exposto, há centenas de cientistas, de todas as partes do mundo, estudando esses assuntos naquele mesmo local.
Bem a sua frente, só que do outro lado do parque, se localiza o Metropolitan. Onde podemos contemplar o poder dos antigos povos que dominaram a terra há milhares de anos atrás. Há muito material dos egípcios, gregos, romanos, etruscos, persas e por aí vai, tudo muito bem exposto e conservado.
Um pouco mais para dentro da agitada 5th Avenue, se localiza o MoMA. Andy Warhol, famoso artista americano, contribui muito para o conceito deste museu, quando em 1962, expôs um quadro que apenas mostrava latas das sopas Campbells. Com isso ele alertou ao mundo que os designers de todas as áreas, estavam fazendo arte em suas campanhas de marketing e vendendo isso as pessoas que compravam seus produtos sem ter essa consciência. O museu incorporou isto, e traz em seu acervo desde uma grande quantidade de obras de Picasso, Pollock, Kandisnki, e outros famosos artistas modernos, até a arte feita no design de carros ou de helicópteros.
Infelizmente para não me alongar demais não vou detalhar a fascinação das luzes da Time Square, a elegância da pista de gelo do Rockfeller Center, a primazia do Central Park e magnitude do Empire State. Há realmente muito que ver e aprender por lá.
A cidade é toda linda, segura e com as mais diferentes culturas convivendo em harmonia. A sua famosa estátua da Liberdade, doada pelos franceses e fixada, com o dinheiro arrecadado em uma mega campanha que envolveu desde mendigos até as mais ricas empresas dos EUA, dava as boas vindas aos imigrantes que ali chegaram para mostrar ao mundo que é justamente a diversidade cultural que pode trazer o progresso e incontáveis manifestações de criatividade.
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