O povo brasileiro nasceu para brilhar


Embora queiram nos convencer que não somos capazes de desenvolver nosso país a ponto de nos tornarmos uma nação admirada, os fatos históricos mostram o contrário.

Uma grande prova que nossos conterrâneos são propensos ao sucesso são as admiráveis vitórias que conquistamos nos esportes (principalmente no futebol, a atividade desportiva mais competitiva do mundo), na música e em diversas áreas. O destaque brasileiro não é maior em outras atividades porque o ser humano tem êxito naquilo que possui condições e recebe treinamento para se desenvolver. É impossível sermos líderes na geração de conhecimento científico, por exemplo, se nossas crianças mal têm acesso à alfabetização. No entanto, no momento em que a educação funcionar em nosso país, aparecerão gênios e descobertas revolucionárias em todos os cantos desta nação e, como no futebol, também seremos os maiores campeões do mundo.

Nós nascemos para vencer

  1. Por volta de 1570, a safra da cana-de-açúcar brasileira valia mais que a produção exportável de qualquer país europeu.
  2. Até 1800, nosso PIB era maior que o dos Estados Unidos sendo que 90% dessa riqueza era mercado interno, ao contrário do que sempre aprendemos, que produzíamos apenas para os outros e que não tínhamos grandes quantidades de dinheiro gastos com o consumo nacional.
  3. Dos nossos 500 anos de história, em 430 crescemos mais ou o mesmo que a média mundial. Sempre houve no Brasil oportunidades de enriquecimento e desenvolvimento pessoal, mas isto foi continuamente restrito a um grupo de poucos privilegiados, que jamais se importaram em construir uma nação próspera para todos. Ao invés disso, eles acumularam bens para seu próprio desfrute.

Com esse potencial todo para a geração de riquezas, por que não nos tornamos uma potência?

Para compreender a atual estagnação de nosso desenvolvimento é importante analisarmos a estreita ligação que existe entre o crescimento de um país e o desenvolvimento das pessoas que nele habitam. Uma nação se torna próspera quando possuir uma grande quantidade de indivíduos capacitados para gerar riquezas. Caso isso não aconteça, o país cresce até o ponto em que as pessoas que têm condições econômicas se desenvolvam, e assim que isso acontece, ele desacelera a sua expansão. Vejamos alguns exemplos históricos que ilustram melhor esta afirmação.

Portugal e Espanha sustentaram seu crescimento com a escravidão. Isto funcionou até o ponto em que sua força de trabalho chegou ao limite do desenvolvimento. Como o escravo não tem acesso à educação, ele não consegue melhorar profissionalmente, muito menos se realizar como pessoa. O seu trabalho é condicionado pelo castigo e limitado pela fadiga gerada pelo desgastante labor. A Inglaterra, que foi a terceira nação a estruturar-se, enveredou por outro caminho. A fim de gerar consumidores para seus produtos, acabou com a escravidão e possibilitou que mais ingleses se desenvolvessem, ultrapassando economicamente os países da Península Ibérica.

A comparação entre o PIB brasileiro e o estadunidense mostra claramente a importância de se despertar o pleno potencial das pessoas para o aumento da riqueza do país. Como mencionamos, nossa geração de abundância era maior que a deles até meados do Séc. XIX, o século das luzes, no qual surgiu o capitalismo. Esse sistema político-econômico possibilita um desenvolvimento maior das pessoas e apresenta uma meritocracia mais justa do que o colonial. O Brasil demorou a aceitar e se encaixar neste sistema e foi justamente neste período que fomos deixados para trás.

Em 1865, a guerra civil norte-americana na qual, batalham os conservadores do sul (lutando pela manutenção da escravidão) contra os liberais do norte (a favor de uma liberdade maior para toda a população), que para o bem do desenvolvimento, ganharam a guerra. A história mostrou que dar instrução às pessoas para que elas sonhem e tenham perspectivas de prosperidade faz com que todos saiam ganhando e a liderança atual dos Estados Unidos confirma isto.

No Brasil, aconteceu no mesmo período, um movimento muito similar ao do nosso, até então concorrente direto, os Estados Unidos. Ele não foi tão abrangente, pois aqui não tínhamos tantas pessoas com vontade de dar condições iguais a todos. No nosso país, infelizmente, a vitória acabou sendo do conservadorismo, através de muita repressão militar, patrocinada pelos traficantes de escravos (o métier mais rico da época) e apoiada pelo governo, sob milhares de cadáveres de pessoas sedentas por liberdade. Preservou-se a política da riqueza para poucos em detrimento do sacrifício de muitos. A conseqüência foi que acabamos batendo no teto do nosso desenvolvimento e patinando no crescimento do PIB até o final do século XIX.

A abolição da nossa escravatura aconteceu mais de 20 anos depois da estadunidense, em 1888. No entanto, a atitude comportamental daquele que escravizava não mudou muito desde então, temos um histórico bem claro dessa maneira elitista de agir.

Após o ‘’descobrimento’’ do Brasil em 1500, intrometeu-se em nossa terra, um povo que escravizava nossos índios visando apenas a sua prosperidade. Assim que o Pau-Brasil acabou em 1530, esta elite extrativista se apropria de grandes latifúndios para plantação de cana, que enriqueciam os poucos senhores-de-engenho, detentores da terra, e os seus fornecedores, traficantes de escravos, em detrimento de milhões de negros e índios.

Por volta de 1650, Portugal perde a hegemonia do comércio de açúcar para a Holanda, que produzia muito mais com menos custo nas Antilhas, e os privilegiados começam, em 1700, a ir atrás da riqueza fácil com a extração do ouro das Minas Gerais. Com o esgotamento do mesmo, voltam seus olhares para a Amazônia. Nessa correria extrativista, que durou até 1912, traziam nordestinos para trabalhar na retirada de borracha dos seringais, principal produto do país na balança de exportação da época, com 40% de participação.

Os trabalhadores chegavam empregados com uma dívida que não seria vencida até o fim de suas vidas. Eles tinham que pagar a viagem do Nordeste, a comida e o material que usavam para o trabalho. Caso fugissem, eram proibidos de trabalhar em qualquer outra fazenda e passavam por muitas dificuldades para sobreviver na mata. A escravidão, com outro nome, se mantinha nesta região e em muitas outras do Brasil após a abolição.

Para o Brasil se tornar uma potência, seu povo precisa de oportunidades para se desenvolver, necessitamos mais do que a escolaridade básica. Sendo otimista, acredito que 90% dos brasileiros nunca entraram em um museu para contemplar uma obra de arte, não tiveram a oportunidade de ouvir maravilhosas melodias tocadas ao vivo por uma orquestra sinfônica ou jamais leram um livro. Se formos aos níveis ainda mais profundos de desenvolvimento pessoal e observarmos a porcentagem que se preocupa com a excelência na alimentação ou com a qualidade de suas emoções e pensamentos, esse número cresce ainda mais. Comparando com a população americana, esse número de aculturados deve ficar em torno de 5%, o que explica em boa parte porque eles possuem um PIB 16 vezes maior que o nosso.

Os Estados Unidos investem 27 vezes mais em educação que o Brasil e mesmo se os dois países tivessem o mesmo PIB, eles ainda investiriam quase duas vezes mais que nós. Depois, não entendemos porque praticamente exportamos commodities e pouquíssimos produtos manufaturados com valor agregado. Não é por falta de talento ou inteligência do nosso povo que isso acontece, e sim por poucas oportunidades de desenvolvimento pessoal, fraca educação e baixas perspectivas.

Para que a pessoa tenha êxito profissional necessariamente precisará desenvolver suas potencialidades. O resultado financeiro está totalmente ligado a esse tipo de desenvolvimento. O sucesso depende de um aumento na nossa exigência em tudo o que fazemos, e isso exige conhecimento. Precisamos aprender a gerir pessoas e disso depende um bom desenvolvimento psíquico de cada um de nós também. Enfim, o ser humano precisa crescer internamente para realizar mais externamente.

Quando um rico preconceituoso olha para a camada mais pobre da população (se ainda houver um pouco de compaixão), pensa que deve ajudá-lo para não gerar mais violência nas suas proximidades. Esta visão míope impede de enxergarmos a parcela menos favorecida do país como um grande gerador de riquezas. Estas pessoas têm a mesma capacidade que os favorecidos, para criar empresas prósperas ou concorrer a cargos importantes. Basta que tenham treinamento e possibilidades para isto.

Para concluir, desejo sinceramente que você aprecie o povo brasileiro com mais orgulho. Prestigie essa nação que sempre lutou para vencer e que tem total condição para tal façanha. Um povo que se reconhece como único e que se receber ferramentas para a instrução mostrará todo o talento que possui.

No entanto, se você ainda deseja pensar com individualidade, saiba que subiremos posições no ranking mundial das nações mais prósperas do mundo se desenvolvermos essas pessoas que estão sedentas para crescer. Afinal, toda grande empresa, precisa de mão-de-obra qualificada e consumidores com poder aquisitivo para adquirirem seus produtos. Portanto, temos uma opção, pensar e agir por nós mesmos, o povo brasileiro.

Comentários

  1. Muito boa contextualização Daniel! Lembrando q existe também o fato de q há forças misteriosas q fazem questão de q o povo não se desenvolva... afinal um povo menos culto é mais fácil de se adestrar, dizendo o que consumir, no que gastar, em quem votar...
    Grande abraço
    Djalma

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  2. Segue um breve debate entre o autor e um portugues...

    Comentarista - Vai bala....( se não tiveres afim da dialéctica apaga e avisa, numa boa)

    Autor - Se a idéia é treinamento de apologética, vamos lá pq sei q isso não leva a nada

    “Embora queiram nos convencer”

    Ninguém vos quer convencer que não se podem desenvolver. O sentimento de inferioridade é parte da instalação genético-cultural do próprio povo brasileiro. Ninguém rebaixa e “xinga” mais um brasileiro de exito que...um brasileiro sem exito! hehehe (você conhece de muito perto um exemplo perfeito)

    Autor - Isso de fato existe e foi introjetado pela colonização portuguesa que jamais valorizou esse povo e nosso país. Portugueses sempre reclamaram:

    Primeiro reclamavam que não havia o que extrair daqui (genial)
    Reclamavam q o índio brasileiro não era forte e não queria trabalhar ( ainda bem q não se renderam failmente a escravidão, sobre a força o Índio brasileiro foi o q mais resistiu a destruição e sobrevive até hj)
    Não permitiram q os brasileiros se desenvolvessem, dois exemplos são a inconfidência mineira e a doação de terras p os colonos que vinham de fora. Os brasileiro da terra nunca foram privilegiados.
    Claro q tudo isso gerou um sentimento de inferioridade

    Comentarista - De qualquer forma, e pelo menos na minha visão, já são bastante desenvolvidos ao ponto de admiração em muitas coisas. Por exemplo em areas ciêntificas e nomeadamente em tudo o que tem a ver com utilização de novas técnologias ligadas a informática, que é cada vez mais onde se desenrola o epicentro da economia. E isso tem pouco a ver com esforços educacionais do Estado. Aliás, quando se geram revoluções silênciosas deste genero os Estados tendem a não poder liderar nada pois são demasiado lentos e pouco criativos. O mais valioso neste aspecto parece-me ser uma mistura de meios economicos e tecnológicos com mentes aberta, desatadas de tradicionalismos e imobilismos... No Brasil há muita gente dessa.

    Autor - Concordo, bem observado

    “Depois, não entendemos porque praticamente só exportamos commodities e pouquíssimos produtos manufaturados com valor agregado.”

    Vamos Daniel, não te deixes levar nem pelos clichês, nem pelo sentimento de inferioridade. E os aviões? E as telenovelas? E os jogadores de futebol? E o Yôga? E o Bio-disel? E a Gisele? E...? Onde está o orgulho que tu mesmo pedes ao observar o teu "povo”?


    Autor - Concordo, bem observado.

    “Por volta de 1570” “Até 1800” “Dos nossos 500 anos de história”

    Caro Dani: o “Brasil” tem 200 anos de história, e até 1807 não existia como país, nação.

    Autor - Descordo, apesar de Portugal prejudicar a construção do nosso Estado, vcs dependiam mais de nós do q o contrário.

    A incofidencia mineira é a maior prova disso.Existe uma cidade em MG chamada Ouro Preto q atingiu um nível intelectual e cultural comparável a qq cidade da Europa.Mostrando que o Brasil poderia ter criado uma nação próspera desde o início. Essas cidades chegaram a se industrializar, mas todos seus teares foram destruidos pelo governo portugues que já havia decidido que o brasil era um país agricola. O movimento liderado por Tiradentes, desejava mais liberdade p a iniciativa privada e menos poder para Portugal q muito sugava e nada oferecia. Mas o q vcs fizeram e depois ensinaram nossos governantes a fazer é derrubar com violência qq proposta de melhoria para a população. Nunca houve no Brasil uma revolução social e isso se deve a essa habilidade q vcs ensinaram p o nosso governo.


    comentarista - “Após o ‘’descobrimento’’ do Brasil”

    Não me digas que tu também és dos que prefere falar em “achamento”?! LOL Suponho que tu como a maioria dos brasileiros sejam descendentes do indios...Daniel Da Nardi, um nome tipicamente amazónico! LOL

    Autor - O que quis frisar aqui é q já havia um povo, já havia história, mesmo os estrangeiros q aqui chegaram foram mais influenciados por este povo do que o influenciaram. O brasileiro não era mais índio, mas uma mistura de negros, portugueses e índios.

    comentarista - “A Inglaterra ... A fim de gerar consumidores para seus produtos, acabou com a escravidão e possibilitou que mais ingleses se desenvolvessem, ultrapassando economicamente os países da Península Ibérica.”

    A Inglaterra ultrapassou os países da peninsula Ibérica pois tinha o seu famoso argumento “cultural”: a armada britânica. E só acabou com a escravidão (e não nos termos latos que hoje entendemos) porque perdeu a principal colónia onde eles eram utéis: os EUA, entretanto independentizados. A principal riqueza de qualquer sociedade é, como tu brilhantemente apontas-te, o valor das pessoas que a compõem. “Uma nação se torna próspera quando possuir uma grande quantidade de indivíduos capacitados para gerar riquezas.” Mas ter escravos, empregados baratinhos, etc ajuda muito, mesmo que, como se faz agora, eles estejam no estrangeiro. Aliás uns dos factores que neste momento estão a empurrar o crescimento brasileiro é a mão de obra barata que por aí há aos montes. Não precisam de fazer guerras para conseguir colonias (agora são paises "aliados" ou "amigos" ou liberados"), uma vantagem mais...



    autor - Portugal realmente tem mais know-how para colonizar. Para não comparar PIB de países colonizados p não ser injusto vamos ao IDH q é um índice mais abrangente e mais humano

    Colocação dos 3 melhores países colonizados pela Inglaterra

    Austrália 4º lugar

    Estados Unidos 7º lugar

    Canadá 8º lugar



    Colocação dos 3 melhores países colonizados por Portugal

    Brsil 65º lugar

    Angola 164º lugar

    MOçambique 170º lugar



    Quem será que usou mais a força militar impedindo o crescimento dos colonizados?








    comentarista - “A história mostrou que dar instrução às pessoas para que elas sonhem e tenham perspectivas de prosperidade faz com que todos saiam ganhando e a liderança atual dos Estados Unidos confirma isto.”

    Brilhante e bonito. Concordo no essencial, embora seja interessante notar como o americano médio pode ser um exemplo perfeito de ignorância. LOL.

    “Comparando com a população americana, esse número de aculturados deve ficar em torno de 5%,.”

    Talvez eu esteja errado, mas esses numeros (90% dos brasileiros e 5% dos estado unidenses) são um exemplo perfeito de “achamento”, ou como tu mesmo dizes, de “deve”...Corrige-me se eu estiver equivocado.

    autor - Os dados Brasileiros podem ser encontrados, não achei pesquisas desses tipo nos EUA
    “Prestigie essa nação que sempre lutou para vencer e que tem total condição para tal façanha. Um povo que se reconhece como único”

    Será mesmo uma nação? Esse povo vê-se (e é?) mesmo como único?

    autor - Se compararmos com a Espanha por exemplo ou com qq país da África podemos mesmo dizer q somos um só povo e um só país

    comentarista - Para concluir:

    Como europeu no tempo da globalização posso-te dizer que os nacionalismos me dão asco. Para mim representa as piores religiões dos últimos séculos, em nome das quais tanta gente matou e morreu. E do meu ponto de vista o ismo nacionalismo morreu com as duas grandes guerras mundiais. Mas no mundo novo (Brasil e EUA) que de nação têm tão pouco, e talvez mesmo por não terem identidade, estão tão aficionados a esse conceito, tentando construi-lo, tentando senti-lo, tentando vivê-lo. Para mim o mais interessante da globalização é devolver a sociedade ao individuo, independentemente da cor, do local de nascimento, da lingua, etc. Para lá caminhamos...

    autor - Ótima colocação.

    Ainda assim, dos nacionalismos que por aí há um dos poucos que simpatizo (acho engraçado) é o brasileiro. Só e apenas porque aí há gente importante para mim (algumas que tu até conheces lol) e por causa da ligação histórica e cultural a Portugal.

    autor - Pq engraçado?. Nós poderíamos dizer o mesmo do acordo q Portugal firmou com a Inglaterra livrando-os de impostos p a exportação de tecidos caso eles liberassem tmb o vinho e azeite. Isso foi realmente engraçado.


    A minha análise: o Brasil já é um dos 10 grandes (apesar de na Europa não lusofona e EUA a maioria das pessoas ainda acharem que é um país de terceiro mundo). A tendência é a sê-lo cada vez mais, e mais rápido. Para isso ser declarado público e assumido só falta demonstrar grande poderio militar e envolver-se em umas quantas guerras. Valerá apena?
    Hj a guerra é o mercado q se disputa com cabeças pensantes oferecendo o melhor p a população. Nisso poderíamos ser bem melhor se nosso governo ajudasse.


    Termino dizendo-te que curto o teu entusiasmo e positividade, que no teu caso sei que é respaldado por um trabalho real. É gente como tu que puxa tudo para a frente (mas tb há os que empurram, lol)

    Aqui dou por terminado(ufff) o meu ponto de vista europeu. Ou seria pós-colonial? Ou de chato mesmo?

    autor - Vale a pena o debate?

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  3. O povo brasileiro é um povo livre e grande e que todo o mundo gosto dele e eu tbm ñ sei porque o Brasil ñ é uma potencia pois ele é muito grande como outras cidades e exporta muita para outras cidades.O BRASIL É UM PAIS LINDO

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