As coisas preciosas da vida se vão assim que percebemos que as perdemos.
Tenho tentado vencer muitos desafios que a existência me impõe e nem sempre a vitória em uma etapa significa vantagem para a próxima.
Nosso ego enche de armadilhas o caminho. Na mesma medida que nos traz confiança e agressividade, nos tira capacidade de ouvir com profundidade e agir com humildade.
Assim que cresce, ele nos afasta da consciência que está por trás e acima de tudo e que é o que realmente somos, a formadora de nosso caráter mais profundo.
Este orgulho EGO ista, torna inacessível as compreensões da alma e nos joga para conquistas impostas de fora, vistas pela sociedade como as mais importantes, e não pelo próprio indivíduo.
As vitórias da profundidade contrariam as da superficialidade. Mostrar externamente o que se tem, não significa felicidade.
Perder alguém que se ama é a derrota dos dois lados e se não vier acompanhada de aprendizado, será um prejuízo irreparável.
Se desejarmos conhecer o amor em sua plenitude, devemos buscar acima de tudo, um estreito contato com aquilo que vai além do ego, que está acima das emoções e dos pensamentos, o EU, que a tudo permeia e que é a chispa de consciência que a todos habita. Sem medo de entregar-se encontraremos o amor, com uma grande interferência da individualidade isso seria impossível.
À medida que crescemos internamente vamos percebendo que se podemos observar nosso corpo, se conseguimos estar por cima das emoções e até mesmo dos pensamentos, isto tudo não podemos ser. Discernir que não somos o perecível, e sim o eterno Self é o maior aprendizado desta vida.
Ou como dizia Nietzche “Torna-te aquilo que és”.
O EU é a segurança sem egoísmo. É a compreensão profunda do outro sem perder suas individualidades. É o agir pelo próximo em prol do todo.
A mais sublime emoção humana, que transcende a tudo e que até o mais simples grão de areia com sua quase inexistente consciência visa alcançar.
O amor é solidificado quando obtivermos a compreensão do que realmente somos para depois permitir que nos doemos aos outros de corpo e alma para enfim termos a edificação da paixão permanente...
Que bonito, Dani!
ResponderExcluirNo livro "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes" fala sobre o amor próativo e o amor reativo. O primeiro é o amor como verbo que significa cuidar, zelar como uma plantinha que depende de você para crescer. O segundo, é à la Holywood, como se simplesmente surgisse e nos dominasse, como se não fosse alimentado por nós. Gosto muito dessa percepção e gostei desse artigo. O blog está ótimo. Parabéns!
Beijos.
Se tens paciência para livros grandes e ciêntificos procura um autor que se chama Eduardo Punsete. É um espanhol(catalão) que tem uma obra vasta que anda a incidir muito neste tema, sob o ponto de vista ciêntifico.
ResponderExcluirO mais interessante é que a ciência só tem vindo a descobrir e a confirmar aquilo que já sabiamos, e que tu bem escreves neste artigo: confiança em si mesmo e curiosidade, ou seja, amor, é a base da felicidade.
Vc é Winnicottiano!
ResponderExcluirBem vindo ao mundo da psicanálise!