A ampliação do NÓS
Voltamos à essência do trabalho de Sergio Buarque de Holanda, que analisou profundamente a psicologia do povo brasileiro a partir de toda a influência que a colonização portuguesa teve em nossa maneira de pensar, agir e sentir. O que mais aparece em sua tese, Raízes do Brasil é que o povo português deixou aqui uma forma bem individualista de ser. Isso se deve ao culto à personalidade tão presente em nossos colonizadores.
Nesta obra, ele mostra: ``é que nenhum desses vizinhos (referindo-se aos países europeus próximos a Portugal e Espanha) soube desenvolver a tal extremo essa cultura da personalidade, que parece constituir o traço mais decisivo na evolução da gente hispânica, desde tempos imemoriais. Pode dizer-se, realmente, que pela importância particular que atribuem ao valor próprio da pessoa humana, à autonomia de cada um dos homens em relação aos semelhantes no tempo e no espaço, devem os espanhóis e portugueses muito de sua originalidade nacional.`` Essa influência do culto a individualidade foi fortemente marcada no povo brasileiro, que já tinha no índio um tipo de personalidade forte.
O individualismo bem desenvolvido pode nos trazer bons frutos como demonstrado no artigo O que precisamos saber para sermos uma potência. No entanto, há muitos pontos que precisam ser desenvolvidos para que isso se torne uma vantagem.
Hoje no Brasil temos muita dificuldade de produzir larga escala com qualidade. Isso se deve ao fato de que para os brasileiros, nós significa: eu, meus amigos e parentes. ``Nossos`` políticos quando pesam em nós estão remetendo-se à essa limitação da terceira pessoa do plural. Isso se reflete em suas tomadas de decisão e em todos os serviços oferecidos pelo Estado.
Vejamos a educação brasileira. Quando ela era feita para poucos, tinha qualidade. Nossos pais estudavam em escolas públicas excelentes. Hoje todos que podem pagar por esse serviço que deveria ser oferecido, em boa condição pelo governo, preferem o ensino privado. Aumentou-se a produção, caiu a qualidade.
Se o Brasil deseja tornar-se um país desenvolvido temos que nos comprometer a construir um país com menos diferenças sociais. A elite deve lutar para deixar para trás o país de poucos. Hoje ela repete a mesma atitude da nobreza portuguesa, extrair do Brasil para gastar na Europa. Pouco importa os problemas aqui existentes. Devemos pensar que uma pessoa pobre não tem muito o que fazer, sua sobrevivência é a sua luta.
O Nós, se desejamos progresso deve abranger toda nossa população. Não deve apenas privilegiar aqueles que se acomodam sob as asas de nossa personalidade. O nós é agora compromisso com qualidade em grande quantidade. O Nós passa a ser um país onde os menos privilegiados possam ter condições de se desenvolverem e se realizarem. Afinal, não queremos um país de todos?
Nesta obra, ele mostra: ``é que nenhum desses vizinhos (referindo-se aos países europeus próximos a Portugal e Espanha) soube desenvolver a tal extremo essa cultura da personalidade, que parece constituir o traço mais decisivo na evolução da gente hispânica, desde tempos imemoriais. Pode dizer-se, realmente, que pela importância particular que atribuem ao valor próprio da pessoa humana, à autonomia de cada um dos homens em relação aos semelhantes no tempo e no espaço, devem os espanhóis e portugueses muito de sua originalidade nacional.`` Essa influência do culto a individualidade foi fortemente marcada no povo brasileiro, que já tinha no índio um tipo de personalidade forte.
O individualismo bem desenvolvido pode nos trazer bons frutos como demonstrado no artigo O que precisamos saber para sermos uma potência. No entanto, há muitos pontos que precisam ser desenvolvidos para que isso se torne uma vantagem.
Hoje no Brasil temos muita dificuldade de produzir larga escala com qualidade. Isso se deve ao fato de que para os brasileiros, nós significa: eu, meus amigos e parentes. ``Nossos`` políticos quando pesam em nós estão remetendo-se à essa limitação da terceira pessoa do plural. Isso se reflete em suas tomadas de decisão e em todos os serviços oferecidos pelo Estado.
Vejamos a educação brasileira. Quando ela era feita para poucos, tinha qualidade. Nossos pais estudavam em escolas públicas excelentes. Hoje todos que podem pagar por esse serviço que deveria ser oferecido, em boa condição pelo governo, preferem o ensino privado. Aumentou-se a produção, caiu a qualidade.
Se o Brasil deseja tornar-se um país desenvolvido temos que nos comprometer a construir um país com menos diferenças sociais. A elite deve lutar para deixar para trás o país de poucos. Hoje ela repete a mesma atitude da nobreza portuguesa, extrair do Brasil para gastar na Europa. Pouco importa os problemas aqui existentes. Devemos pensar que uma pessoa pobre não tem muito o que fazer, sua sobrevivência é a sua luta.
O Nós, se desejamos progresso deve abranger toda nossa população. Não deve apenas privilegiar aqueles que se acomodam sob as asas de nossa personalidade. O nós é agora compromisso com qualidade em grande quantidade. O Nós passa a ser um país onde os menos privilegiados possam ter condições de se desenvolverem e se realizarem. Afinal, não queremos um país de todos?
Comentários
Postar um comentário