Os business e a filosofia
A administração, por ser uma ciência muito recente (com cerca de 150 anos), tem se modificado muito e hoje se aproxima pouco do que era quando surgiu. Vejamos a história de um de seus maiores influenciadores e notemos como mudamos nosso conceito a respeito de administração no último século.
Frederik Taylor é considerado o pai da administração científica por propor a utilização de métodos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial. Assim como Descartes foi imprescindível para o período obscurantista, tirando a carga pesada de misticismo que imperava na época e deixando tudo mais real, Taylor fez uma obra também importante, aumentando enormemente a eficiência da produção empresarial. Entretanto seus métodos se tornaram tão simples que foram deixados de lado. Descartes acreditava piamente que através da matemática poderia provar e prever tudo inclusive a existência de Deus, erroneamente pensou, pois como diz Shakespeare ``Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia``, e hoje sabemos que nem tudo pode ser mensurado e a vida não é tão simples como ele imaginava. Taylor estudou muito os processos de fabricação de produtos e desenvolveu as melhores técnicas para a produção máxima. No entanto, ele se esqueceu da importante peça que está entre a cadeira e a linha de produção e interpretou o ser humano como mais uma roda nessa grande engrenagem produtiva.
Taylor deu pouca ou nenhuma atenção ao desenvolvimento humano e cometeu um grande erro. Como ele reagiria ao chegar no mundo atual e ver que quase 100 anos depois da sua morte 75% da riqueza é gerada a partir de conhecimento humano e não mais com o trabalho estritamente manual como era na sua época?
Não temos como saber de que forma ele se sentiria, mas o fato é que não é possível obrigar alguém a ter idéias, não é possível impor a solução de um problema que se estende há anos a uma equipe de pesquisas e esperar que eles resolvam isso em um prazo definido. O mundo apresentou grandes modificações nestas últimas décadas, mais do que nunca, aquilo que Descartes não podia medir e Taylor se esqueceu de atuar é o maior valor existente hoje nas empresas: o ser humano com suas emoções e pensamentos.
Certamente a administração é hoje a ciência que tem mais pessoas envolvidas em seu estudo e prática. Como ela se voltou totalmente para o desenvolvimento humano acabou se tornando, nada mais nada menos, que uma filosofia para o aprimoramento individual.
Hoje o que grandes consultores como Robert Kaplan, Jim Collins, Tom Peters, Stephen Covey, Peter Drucker fazem é o mesmo que faziam Platão, Socrates, Plutarco, Aristótales e outros Pensadores para a humanidade de tempos atrás. Esses consultores têm influenciado a forma de agir e pensar de muitos administradores e estes por sua vez influenciam toda a cadeia hierárquica que está abaixo deles. A ideologia de quase todos os gurus da administração é muito parecida com a que imperava em épocas de marcante desenvolvimento da humanidade como o Renascentismo, Iluminismo ou na Revolução Francesa. Nesses momentos de incríveis transformações o poder do ser humano que havia sido ofuscado por alguma grande instituição, seja ela a Igreja ou o Estado foi otimizado e trazido à tona novamente.
No caso da administração tudo começou quando um jovem integrante da McKinsey (uma das maiores empresas de consutoria do mundo) foi incumbido de uma missão peculiar: Viajar pelo mundo e procurar as melhores práticas de gestão onde quer que fosse. Seu nome era Thomas Peters. Os Estados Unidos vivam uma crise naquele momento. Depois de ficarem anos achando que continuariam na liderança se mantivessem as mesmas práticas, observaram o espantoso crescimento do Japão vencendo-os em muitas áreas. As empresas americanas acreditavam que se tivessem um bom planejamento gerencial em larga escala, boas pesquisas de mercado, técnicas avançadas de marketing e manuais de procedimento seu sucesso estaria garantido, porém não foi isso que a história mostrou. O que Tom Peters trouxe do Oriente e que hoje norteia o trabalho dentro de todas as organizações de ponta e também influenciou grandes revoluções da humanidade foi que a atenção deve sempre ser focada no ser humano.
Quando os homens passam a ser mais valorizados tomam ciência de sua importância no desenvolvimento da humanidade. Foi assim com os grandes movimentos culturais e está se repetindo na grande mudança gerencial que estamos vivendo.
No atual período histórico com tantas transformações e melhorias no mundo devemos saber que cada ação que tomamos para melhorar nossas vidas e a dos demais influenciará a vida de muitas pessoas durante muito tempo.
Os negócios estão se tornando uma oportunidade não apenas para as pessoas garantirem seu sustento (visão extremamente imediatista e superficial) mas, para se desenvolverem como seres humanos. Desse aprimoramento pessoal vai depender o seu sucesso e a prosperidade da empresa em que trabalham. A tendência mundial é que cada vez mais voltemos nossos olhos para ver o que não é aparente e ouvir o que não é dito e passemos a prestar mais atenção as pessoas ao nosso redor e ao quanto elas estão satisfeitas com o que fazem. Somente sentindo-se bem poderão gerar idéias e inovações que farão a diferença para a realização de propósitos comuns.
Frederik Taylor é considerado o pai da administração científica por propor a utilização de métodos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial. Assim como Descartes foi imprescindível para o período obscurantista, tirando a carga pesada de misticismo que imperava na época e deixando tudo mais real, Taylor fez uma obra também importante, aumentando enormemente a eficiência da produção empresarial. Entretanto seus métodos se tornaram tão simples que foram deixados de lado. Descartes acreditava piamente que através da matemática poderia provar e prever tudo inclusive a existência de Deus, erroneamente pensou, pois como diz Shakespeare ``Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia``, e hoje sabemos que nem tudo pode ser mensurado e a vida não é tão simples como ele imaginava. Taylor estudou muito os processos de fabricação de produtos e desenvolveu as melhores técnicas para a produção máxima. No entanto, ele se esqueceu da importante peça que está entre a cadeira e a linha de produção e interpretou o ser humano como mais uma roda nessa grande engrenagem produtiva.
Taylor deu pouca ou nenhuma atenção ao desenvolvimento humano e cometeu um grande erro. Como ele reagiria ao chegar no mundo atual e ver que quase 100 anos depois da sua morte 75% da riqueza é gerada a partir de conhecimento humano e não mais com o trabalho estritamente manual como era na sua época?
Não temos como saber de que forma ele se sentiria, mas o fato é que não é possível obrigar alguém a ter idéias, não é possível impor a solução de um problema que se estende há anos a uma equipe de pesquisas e esperar que eles resolvam isso em um prazo definido. O mundo apresentou grandes modificações nestas últimas décadas, mais do que nunca, aquilo que Descartes não podia medir e Taylor se esqueceu de atuar é o maior valor existente hoje nas empresas: o ser humano com suas emoções e pensamentos.
Certamente a administração é hoje a ciência que tem mais pessoas envolvidas em seu estudo e prática. Como ela se voltou totalmente para o desenvolvimento humano acabou se tornando, nada mais nada menos, que uma filosofia para o aprimoramento individual.
Hoje o que grandes consultores como Robert Kaplan, Jim Collins, Tom Peters, Stephen Covey, Peter Drucker fazem é o mesmo que faziam Platão, Socrates, Plutarco, Aristótales e outros Pensadores para a humanidade de tempos atrás. Esses consultores têm influenciado a forma de agir e pensar de muitos administradores e estes por sua vez influenciam toda a cadeia hierárquica que está abaixo deles. A ideologia de quase todos os gurus da administração é muito parecida com a que imperava em épocas de marcante desenvolvimento da humanidade como o Renascentismo, Iluminismo ou na Revolução Francesa. Nesses momentos de incríveis transformações o poder do ser humano que havia sido ofuscado por alguma grande instituição, seja ela a Igreja ou o Estado foi otimizado e trazido à tona novamente.
No caso da administração tudo começou quando um jovem integrante da McKinsey (uma das maiores empresas de consutoria do mundo) foi incumbido de uma missão peculiar: Viajar pelo mundo e procurar as melhores práticas de gestão onde quer que fosse. Seu nome era Thomas Peters. Os Estados Unidos vivam uma crise naquele momento. Depois de ficarem anos achando que continuariam na liderança se mantivessem as mesmas práticas, observaram o espantoso crescimento do Japão vencendo-os em muitas áreas. As empresas americanas acreditavam que se tivessem um bom planejamento gerencial em larga escala, boas pesquisas de mercado, técnicas avançadas de marketing e manuais de procedimento seu sucesso estaria garantido, porém não foi isso que a história mostrou. O que Tom Peters trouxe do Oriente e que hoje norteia o trabalho dentro de todas as organizações de ponta e também influenciou grandes revoluções da humanidade foi que a atenção deve sempre ser focada no ser humano.
Quando os homens passam a ser mais valorizados tomam ciência de sua importância no desenvolvimento da humanidade. Foi assim com os grandes movimentos culturais e está se repetindo na grande mudança gerencial que estamos vivendo.
No atual período histórico com tantas transformações e melhorias no mundo devemos saber que cada ação que tomamos para melhorar nossas vidas e a dos demais influenciará a vida de muitas pessoas durante muito tempo.
Os negócios estão se tornando uma oportunidade não apenas para as pessoas garantirem seu sustento (visão extremamente imediatista e superficial) mas, para se desenvolverem como seres humanos. Desse aprimoramento pessoal vai depender o seu sucesso e a prosperidade da empresa em que trabalham. A tendência mundial é que cada vez mais voltemos nossos olhos para ver o que não é aparente e ouvir o que não é dito e passemos a prestar mais atenção as pessoas ao nosso redor e ao quanto elas estão satisfeitas com o que fazem. Somente sentindo-se bem poderão gerar idéias e inovações que farão a diferença para a realização de propósitos comuns.
Oi Daniel,
ResponderExcluirLi alguns e parei nessa frase que gostei muito:
“Os negócios estão se tornando uma oportunidade não apenas para as pessoas garantirem seu sustento (visão extremamente imediatista e superficial) mas, para se desenvolverem como seres humanos.”
Achei muito inspirador.... Essa frase faz refletir sobre nosso papel dentro das organizações e dá um ânimo do caramba para enfrentar os desafios do dia-a-dia.
Parabéns pelos textos e pelo trabalho bacana que você faz como gestor e como instrutor.