A consciência e a arte
Muito se critica a arte contemporânea e poucas pessoas conseguem entender aquilo que realmente ela pretende ser.
Façamos uma breve retrospectiva para traçar um paralelo entre a evolução humana e a arte nestes últimos 500 anos. No período medieval, as pessoas em geral tinham muito pouca consciência do que acontecia no mundo. Viviam suas vidas de forma modesta e humilde, preocupando-se com seus afazeres diários e em não desagradar ao senhor feudal. O poder estava nas mãos dos imperadores e bispos, do Estado e da Igreja. Eram estas instituições que iniciavam os movimentos seguidos por todos os que estavam abaixo na escala social. O poder de decisão dos trabalhadores ou guerreiros era praticamente nulo. Obviamente a arte era voltada apenas para marcar as batalhas, vitórias e as crenças daqueles que estavam no topo da hierarquia. Importava apenas o que acontecia com estes.
Procure sentir-se como uma pessoa do povo, que vivia na Europa por volta de 1500 d.C. e perceba como o seu poder de mudar algo no mundo é pequeno, imagine toda a opressão da Igreja e do sistema monárquico. O mundo era engessado e não aceitava progresso de quem não houvesse nascido em berço de ouro. A arte dessa época retrata apenas, deuses, reis, rainhas, nobres, bispos e momentos importantíssimos. Havia uma distância praticamente invencível entre a vida do vassalo e as artes. Era como se sua vida não valesse a pena ser retratada.
O mundo passa por muitas transformações, primeiro com a Revolução Francesa, que dá um pouco mais de poder ao povo e depois, ainda mais, com a era industrial. Agora não apenas os nobres e a igreja têm poder de financiar a arte, mas também os donos de grandes empresas. A arte entra em transformações, pois, além disso, temos a invenção da fotografia que em princípio acaba com o propósito mais raso da pintura ou escultura que era simplesmente retratar.
O artista ganha mais liberdade e passa a registrar principalmente aquilo que mais o emociona e isso em boa parte é o contato com a natureza. A arte ganha mais vida, mais emoção. Momentos de indescritível beleza natural são retratados nas artes de Monet, Renoir, Van Gogh entre outros. Passamos também a pintar pessoas comuns que jamais haviam aparecido em um quadro no momento anterior. O ser humano ganha poder, ganha consciência e começa a interferir mais no mundo que o rodeia e isso aparece nas artes.
Dando prosseguimento à nossa história, chegamos ao momento mais brilhante da humanidade, o momento em que nós, privilegiados, estamos vivendo. Nunca na história o homem teve tanto acesso ao conhecimento, às belezas da vida e o poder de interferir em milhões de pessoas.
Vejamos os exemplos de jovens que criam empresas caseiras e que recebem milhões por isso e de pessoas simples que montam seus próprios meios de contribuir com outras pessoas e que como num passe de mágica alcançam bilhões de pessoas. Hoje, o valor de cada indivíduo é maior que em qualquer época já vivida por nós, apesar de termos muito mais pessoas habitando nosso planeta. Nunca o ser humano foi tão valorizado.
A arte produzida neste maravilhoso momento histórico, que vem expandindo todas as barreiras, rompendo com paradigmas, refletindo o dinamismo e a velocidade de mudança de nossos dias. Hoje a arte não é mais retratar alguém importante ou uma paisagem que só vivenciamos uma vez em nossas vidas, mas ela tenta nos trazer a ideia de que cada momento pode ser arte por mais simples que seja. A expressão artística agora é de todos e se mescla de tal forma em nossas vidas que pessoas menos sensíveis não percebem, mas são influenciadas por ela quando, por exemplo, gostam do design de um computador. Todos nós podemos vivenciá-la simplesmente olhando para a arquitetura dos prédios ou para uma pessoa ao nosso lado. A arte contemporânea deseja que reflitamos sobre as coisas simples da vida, que muitas vezes passam despercebidas e podem em muito nos alegrar. Caso você consiga penetrar nessa percepção conseguirá sentir profundamente a arte, ser arte e passará a viver dentro de um filme, pois tudo brilha e pode encantá-lo.
Façamos uma breve retrospectiva para traçar um paralelo entre a evolução humana e a arte nestes últimos 500 anos. No período medieval, as pessoas em geral tinham muito pouca consciência do que acontecia no mundo. Viviam suas vidas de forma modesta e humilde, preocupando-se com seus afazeres diários e em não desagradar ao senhor feudal. O poder estava nas mãos dos imperadores e bispos, do Estado e da Igreja. Eram estas instituições que iniciavam os movimentos seguidos por todos os que estavam abaixo na escala social. O poder de decisão dos trabalhadores ou guerreiros era praticamente nulo. Obviamente a arte era voltada apenas para marcar as batalhas, vitórias e as crenças daqueles que estavam no topo da hierarquia. Importava apenas o que acontecia com estes.
Procure sentir-se como uma pessoa do povo, que vivia na Europa por volta de 1500 d.C. e perceba como o seu poder de mudar algo no mundo é pequeno, imagine toda a opressão da Igreja e do sistema monárquico. O mundo era engessado e não aceitava progresso de quem não houvesse nascido em berço de ouro. A arte dessa época retrata apenas, deuses, reis, rainhas, nobres, bispos e momentos importantíssimos. Havia uma distância praticamente invencível entre a vida do vassalo e as artes. Era como se sua vida não valesse a pena ser retratada.
O mundo passa por muitas transformações, primeiro com a Revolução Francesa, que dá um pouco mais de poder ao povo e depois, ainda mais, com a era industrial. Agora não apenas os nobres e a igreja têm poder de financiar a arte, mas também os donos de grandes empresas. A arte entra em transformações, pois, além disso, temos a invenção da fotografia que em princípio acaba com o propósito mais raso da pintura ou escultura que era simplesmente retratar.
O artista ganha mais liberdade e passa a registrar principalmente aquilo que mais o emociona e isso em boa parte é o contato com a natureza. A arte ganha mais vida, mais emoção. Momentos de indescritível beleza natural são retratados nas artes de Monet, Renoir, Van Gogh entre outros. Passamos também a pintar pessoas comuns que jamais haviam aparecido em um quadro no momento anterior. O ser humano ganha poder, ganha consciência e começa a interferir mais no mundo que o rodeia e isso aparece nas artes.
Dando prosseguimento à nossa história, chegamos ao momento mais brilhante da humanidade, o momento em que nós, privilegiados, estamos vivendo. Nunca na história o homem teve tanto acesso ao conhecimento, às belezas da vida e o poder de interferir em milhões de pessoas.
Vejamos os exemplos de jovens que criam empresas caseiras e que recebem milhões por isso e de pessoas simples que montam seus próprios meios de contribuir com outras pessoas e que como num passe de mágica alcançam bilhões de pessoas. Hoje, o valor de cada indivíduo é maior que em qualquer época já vivida por nós, apesar de termos muito mais pessoas habitando nosso planeta. Nunca o ser humano foi tão valorizado.
A arte produzida neste maravilhoso momento histórico, que vem expandindo todas as barreiras, rompendo com paradigmas, refletindo o dinamismo e a velocidade de mudança de nossos dias. Hoje a arte não é mais retratar alguém importante ou uma paisagem que só vivenciamos uma vez em nossas vidas, mas ela tenta nos trazer a ideia de que cada momento pode ser arte por mais simples que seja. A expressão artística agora é de todos e se mescla de tal forma em nossas vidas que pessoas menos sensíveis não percebem, mas são influenciadas por ela quando, por exemplo, gostam do design de um computador. Todos nós podemos vivenciá-la simplesmente olhando para a arquitetura dos prédios ou para uma pessoa ao nosso lado. A arte contemporânea deseja que reflitamos sobre as coisas simples da vida, que muitas vezes passam despercebidas e podem em muito nos alegrar. Caso você consiga penetrar nessa percepção conseguirá sentir profundamente a arte, ser arte e passará a viver dentro de um filme, pois tudo brilha e pode encantá-lo.
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